Kupreichik, se enquadra num estilo de jogo, em que poucos GM, gostam, ou não têm aptidões para tal
Numa definição simplista poderia afirmar que Kupreichik, joga ao estilo do « Tudo para a frente e fé em deus», todavia, a análise das suas partidas, mostra que muitos dos seus sacrifícios, são mais intuitivos do que profundamente calculados, embora a sequência de jogadas de ataque ou ganhadoras, sejam apoiadas por uma profunda e aguda visão tática, aliada a uma excelente capacidade de cálculo.
Muitas partidas que perdeu, perdeu-as porque arriscou em demasia, porque assumia as consequências do ataque, porque fiel a uma dinâmica de luta, violou muitas vezes as regras posicionais. Kupreichik é mais uma daquelas estrelas que nunca chegou a brilhar como devia e que infelizmente pouco diz ao mundo do tabuleiro de hoje.
A 1.ª partida, uma deliciosa miniatura, está nos manuais da Holandesa e particularmente nos capítulos «como não se deve jogar um Gambito Stauton, de brancas», ou se quiserem como «um caçador é caçado»! Vejamos se é ou não verdade que Kupreichik, «só tinha olhos para o rei adversário».
Boris Malisov 0 - 1 Viktor Kupreichik
O mesmo poderemos fazer na 2.º partida em que o já então conceituado Bagirov, se vê alvo de um ataque terrível, ao cometer a imprudência de deixar o seu rei no centro.
Vladimir Bagirov 0 - 1 Viktor Kupreichik
Na 3º partida observem o que aconteceu ao GM brasileiro Sunye Neto no Open de GM de Palma de Maiorca em 1989. Sunye , já perdeu muitas partidas, mas tenho a certeza, que dificilmente esquecerá o «pesadelo», seguido de insónia que Kupreichik, lhe vai dar! Uma miniatura de 23 lances, em que uma jogada , e outra jogada e mais outra jogada, tornam-se numa sucessão de «estrelas cadentes» que iluminam o tabuleiro, até ao quase mate final , antes do abandono!
Viktor Kupreichik (2520) 1 - 0 Jaime Sunyê (2480)
Um comentário:
Boas e divertidas partidas !
Sega
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