sábado, 23 de agosto de 2008

Considerações de um Treinador ... - VI

Talento não se define, não se explica; testifica-se, detecta-se. Contudo, não podemos fugir dos ditames da teoria; talento é aptidão natural ou habilidade adquirida.
Há pessoas que demonstram um bom desempenho em seu trabalho, em geral porque são bem formadas e porque têm experiência. Outras, em geral as mais novas, não têm bom desempenho, mas demonstram outra coisa: vontade de aprender.Destas não se pode cobrar desempenho, pois pressupõe-se que estão em formação, mas pode-se cobrar compromisso com o desenvolvimento.Há também o grupo das pessoas cujo desempenho é discutível e não se percebe nelas o desejo do aprimoramento. Estas são descartáveis, ou melhor dizendo, são autodescartáveis.
E, finalmente, há um quarto grupo, aquele que possui as duas qualidades: já apresenta um bom desempenho e, apesar disso, demonstra uma inequívoca disposição para o aprimoramento contínuo. Pronto, parece que encontramos o talento!
Na vida prática, esportiva, profissional, acadêmica o talento é exatamente esse indivíduo, que empenha seu cérebro e seu coração na arte de aprimorar sua obra e, com isso, aperfeiçoar a si mesmo. Não é um gênio, é apenas alguém que não se contenta com a estagnação e não para de evoluir, como profissional e como pessoa. Nesse sentido, é alguém que apenas atende ao apelo do destino do próprio ser humano; o do desenvolvimento permanente, pois o que é certo, é que não estamos prontos, e jamais estaremos.

Lembrei de mais uma definição de talento: “moeda da antiguidade grega e romana”. Opa, talento também é dinheiro...

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